Minha primeira aula de culinária!!!

A comida/culinária/gastronomia vem cada vez mais povoando a minha mente, fazendo-me ter vontade de experimentar novos sabores, aromas e texturas. Preferncialmente em pratos executados por mim, diga-se de passagem.

Imbuída desse espírito, com uma curiosidade imensa e um grupo de amigas gente fina e sem frescura, resolvi ontem fazer uma aula de culinária, numa escola que temos aqui em Recife. Compunham o "nosso" grupinho eu, minhas amigas Sandra e Eveline, Karla (amiga de trabalho de marido e Sandra, mas que pelo jeito trocará muitas figurinhas comedorísticas comigo) e um amigo de Eveline, que mora só e está querendo aprimorar os dotes culinários. Isso fora as outras 15 pessoas desconhecidas.

A escola em que tivemos a aula é a Oficina de Chefs, uma lugar que oferece aulas temáticas em turmas de até 20 pessoas, com duração de apenas 3 horas, com os mais renomados chefes do Estado pilotando os fogões. Lá há aulas interativas, em que cada aluno prepara a receita, e aulas expositivas, em que o chef executa o menu, e eventualmente os alunos ajudam em algumas funções auxiliares. Nossa aula foi expositiva, e no começo eu achei que ia preferir aquela em que botamos a mão na massa. Mas que nada, AMEI o formato da de ontem, até mesmo porque desta forma o chef fez mais pratos, e a gente vê realmente como agem os grandes nomes por trás das panelas.

A aula que escolhemos foi ministrada por um dos chefs mais talentosos aqui de Pernambuco, o Douglas Van Der Ley, do É Gastronomia. A proposta dele é de uma comida moderna, meio fusion, com inspirações orientais e tal. Pro meu gosto, uma proposta espetacular!!! Ele fez vários cursos na Europa, já ganhou diversos festivais, e pra quem quiser conhecê-lo, ele está com uma receita na revista Prazeres da Mesa de agosto (aquela que tem uma pera na frente).

Passadas as apresentações, preciso dizer que amei muuuito tudo isso!!! Já estamos pensando nas próxima sidas à oficina!!!

Pra mim, o mais interessante da aula foi observar as combinações que o Douglas fez, já que ele não seguiu nenhuma receita rigidamente fixada. Foi fazendo as coisas à medida em que ia "sentindo" os pratos.

Como isso, ele propõe o que eu acho que deva ser exatamente o ato de cozinhar: um prazer, um hobby, uma terapia ou uma paixão, mas algo que você possa fazer livremente, sem amarras, com liberdade para mexer, alterar, inventar. E, acima de tudo, pôr em prática as várias tentativas prévias, errando e acertando, até que se chegue ao ponto ideal naquele prato que você fez.

Neste ponto, um chef com essa percepção, como é o caso de Douglas, merece todas as honras. Ele consegue passar pra você aquele feeling, aquele sentimento de "olha, o caminho é por aqui, mas você tem todas essas outras possibilidades de seguir, ouse, tente, vá experimentando novas dimensões".

Claaaro que, num grupo heterogêneo como estávamos, sempre tem aquela que, depois de vê-lo colocando "um punhado, uma porção, uma medida" de algo, quer que ele especififque quanto pesa ou mede "um punhado, ou uma pitada". Mas ele tem bastante paciência, e conseguia driblar esses questionamentos.

Enfim, ontem tive uma noite agradabilíssima, de muitas novidades e experimentações, e que me fez tirar algumas conclusões:

1. Eu realmente aaamao cozinhar, e experimentar novidades ligadas ao mundo comedorístico;

2. Eu definitivamente só cozinho por hobby, paixão e lazer. Não quero, jamais, pensar em algo profissional no mundo da cozinha;

3. Eu PRECISO fazer mais cursos na oficina!!!;

4. Com amigos, tudo fica mais divertido, até mesmo dividir o último camarão do último prato, que tava esquecidinho em cima do balcão (né, Sandra?) :)

5. Marido que se prepare: mais quilos deverão se juntar aos que ele já possui!!! (este é o preço de ser cobaia e, principalmente, de me incentivar a faezr novas alquimias!)

Ah, claro. ia me esquecendo de dizer que o cardápio foi fantástico!!! No próximo post falarei sobre o que foi feito (e principalmente, degustado) por lá. Não faço agora porque eu estava mais concentrada no modo de fazer, então preciso pegar os ingredintes (mais ou menos) certinhos com as meninas, que ficaram de me passar por e-mail ainda hoje.

E, claro, temos fotos!!! Dos pratos e da tchurminha! Aguardem...

Por fim, dicas:

• Para quem está no Brasil: a edição de agosto da Prazeres da Mesa trás uma lista com escolas de culinária em todo o país. Tem desde aquelas que oferecem cursos de longa duração, até as que têm apenas cursos de poucas horas, como foi o que fiz ontem. Em Recife, não deixem de conhecer a Oficina de Chefs, vale muito a pena!!!

• Em Recife, informo que o restaurante de Douglas, o É Gastronomia, possui menu degustação todas as quartas, a partir das 21h. São servidos 10 pratos, e é necessário reservar antes. Eu e a gangue estamos programando uam ida lá para muito, muuuito breve!!!

• Por fim, ainda para quem é de Recife (alô, alô, Fafah, Caty e Dani!): eu e o pessoal que fez aula ontem estamos pensando em faezr um curso desses por mês, cada vez com um tema diferente. Bora????