sábado, dezembro 29, 2007

É GASTRONOMIA

Voltando a falar dos restaurantes aqui de Recife, chegou a hora de falar de um que está entre os meus TOP 3: o É.
Trata-se do restaurante É gastronomia, capitaneado pelo Douglas Wan Der Ley, que tem uma proposta suuuper arrojada, e uma comida absolutamente deliciosa - pelo menos para o meu paladar! Vejam o que o site diz sobre o restaurante: "Em tupi-guarani “É” quer dizer 'gostoso, saboroso, quente, temperado'. A idéia dos sócios Garret Filho, Manoel Maia e o chef Douglas Van Der Ley ao escolher esse nome para o restaurante, pode ser conferida da decoração ao cardápio. O vermelho forte dá o tom quente ao ambiente e a iluminação indireta deixa o É com ares de lounge moderno.O cardápio tem influência de culinárias de países como Tailândia, Vietnã, França, Itália e Japão e é resultado do que o chef chama de cozinha de garimpo.A preocupação com a experiência gastronômica vai desde a busca da combinação perfeita de sabores à personalização e apelo visual dos pratos."
O LUGAR:
Ao chegar lá, o ambiente já surpreende: as paredes são vermelhas e fica tudo meio escurinho, o que para mim se revelou muito atraente, mas para alguns amigos o tom demasiado forte assustou um pouco. Vai de gosto... A trilha sonora é ótima, e como eles mesmos dizem no texto acima, a atmosfera do local é mesmo a de um lounge.
A COMIDA:
Para mim, a comida dé lá é algo assim... digamos... espetaculosa! Algo que "chega chegando", que surpreende, encanta, desperta os sentidos. A tendência seguida é a contemporânea - leia-se pratos não muito fartos, o que para mim é extremamente positivo, pois nos dá a possbilidade de experimentar entradinhas, prato principal e sobremesa e sair de lá bastante satisfeitos. Eu gosto de fazer a refeição completa quando vou a bons restaurantes, e se o prato é muito grande eu fatalmente não aguento a sobremesa!
Enfim, além do lance das porções, é necessário falar especificamente do que se come por lá. A tendência dele, para mim, é puxada para o lado oriental, digamos que um oriental-fusion. Os pratos juntam as sensações contrapostas, como o doce-azedo, e são deliciosos! Sem contar que vêm lindamente servidos em pratos enormes, que eu acho que na realidade são pedras de uma cerâmica especial com uma moldura em volta - idéia aliás que achei bacanérrima. Acho que é para intensificar a sensação de que aquilo ali não é só comida, é Gastronomia, o que para alguns significa arte.
Uma particularidade: o Chef de lá é famoso por seus preparos com foie gras, e num suplemento de gastronomia da cidade consta a informação - não sei se verdadeira - de que o É seria o 3º maior restaurante consumidor de foie gras do país, perdendo apenas pro Fasano e Emiliano, ambos em São Paulo. desconfiei, porque acho difícil aqui em PE se comer mais do que no Rio, por exemplo, mas a verdade é que há esta informação.
O CHEFE:
O chef de lá, como eu disse, é Douglas, aquele a cuja aula assisti no oficina de Chefs. Pelo que sei, ele já foi aviador, e vive andando mundo afora em busca de novas idéias e tendências para incorporar ao É. Já fez vários cursos, foi finalista de concursos e vez por outra aparece nos programas televisivos ditos "femininos", apresentando receitas ousadas e criativas, bem ao seu estilo.
O PREÇO:
É caro! Mas há duas considerações a fazer: primeiro, é que vale cada centavo, pois é algo diferente de todos os outros restaurantes da cidade. Segundo: o povo às vezes deixa de ir lá porque tem medo da conta, mas, na boa: o tal peruano que abriu aqui recentemente é mais caro! (pelo menos na conta minha e de Marido, foi)
VEREDICTO:
Vá lá!!! Ou, se ficar mais condizente com o seu bolso pós-Natal: Economize e vá lá! Se você gosta de comida caseira, ou daquela cantinona italiana, não vá. Mas se você quer algo diferente, gostoso, surpreendente e encantador, o É com certeza será uma excelente opção para você.
Nota: 10, com louvor. Para mim, se não for o melhor da cidade, é um dos 3 melhores. Em breve, falo dos outros dois...