quarta-feira, outubro 31, 2007

Restaurante em Recife II - Chiwake

Continuando a série que eu mesma inventei sobre os restaurantes aqui de Recife, passemos agora ao mais novo point da cidade: Restaurante Chiwake.
O critério que eu usei para que ele fosse o próximo a ser comentado é que como ele é novidade, muita gente ainda não o conhece, e quem sabe não passa por aqui antes de resolver conhecer, né?


Fui lá com Marido no primeiro sábado de funcionamento do local, e chegamos por volta das 20:30. Já cheguei gostando, pois eles possuem um esquema de manobrista, o que para mim é imprescindível, já que o Chiwake fica numa rua que está se tornando um mini-pólo gastronômico daqui, portanto de difícil estacionamento.

Adentrando o recinto, gostei muito do que vi. Uma decoração clean, leve, mas com elementos que remetem à cultura peruana. No primeiro ambiente há um bar, em que um barman fica preparando drinks cujo sabor eu não provei, mas de apelo visual forte. Cada um mais belo que o outro, e pareciam realmente estar bons!


Falando em coisa boa, o serviço estava muito bom. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção foi o fato de haver muitos garçons por lá, e todos com mais de 40 anos, pelo menos aparentemente. Eu sei que isso pode soar um tanto quanto preconceituoso, e que obviamente nem todo garçon de menos idade será menos competente que os mais velhos. Mas o que tenho visto é que garçons mais experientes, especialmente em lugares com um nível mais elevado, realmente fazem a diferença, pois sabem ser disponíveis sem ser entrões, são rápidos, ágeis, e conseguem indicar aquilo que de melhor a casa tem. Mais um ponto positivo para eles, pois o serviço estava excelente, tudo saindo na rapidez devida e tals.


Finalmente a comida. Bem, a comida é de inspiração peruana, mas seguindo a orientação de dar aquela modernizada básica, dentro do que já acontece no Wanchako, restaurante peruano que fica em Maceió e cuja chef veio prestar uma assessoria ao Chiwake.


Sabe aquela comida que prende pelo visual? Pois é esta. Eu e Marido ficávamos babando a cada prato que um garçom de outra mesa trazia, pois era cada um mais espetaculoso que o outro!!! Até prato com fogo tinha, altas labaredas mesmo. A curiosidade ficou atiçadíssima para provar!!! Mas como eu não estava muito a fim de altas experimentações naquela noite, só de um pouquinho de mudanças mesmo, resolvemos não pedir o tradicional ceviche, que é bastante peruano (cubos de salmão, camarão, etc, bem pequenos, que não são cozidos no fogo, mas sim no limão) e optamos por pedir um prato cujo nome não me lembro, mas salvo engano eram uns mini carrés de cordeiro, com um molho beeem encorpado e picante, a carne suuuper macia, e um quase purê de macaxeira - digo quase porque não era aquilo lisinho, feito com leite. Era bem rústico, uma delícia. Foi certamente uma das melhores entradas que já comi por essas bandas de cá!
Meu prato principal foi um camarão ao molho de vinho e arroz com curry (foto abaixo), que estava muito gostoso e era extremamente bem servido - pelo menos para os meus padrões (a foto parece ter diminuído ele)...

Já Marido resolveu pedir o prato que leva o nome do restaurante, coincidentemente o mais caro da casa, que era um filé alto com macaxeira recheada com foie gras (foto aqui embaixo também). Delícia, delícia, delícia!!!

Por fim, quando íamos escolher a sobremesa, acatamos a sugestão do garçom e pedimos uma que era composta de morangos, chantilly e merengue. Eu sei, não tinha muita criatividade. Mas estava tão saborosa, no ponto certo e sem muito açúcar, que para nós foi a chave de ouro perfeita para fechar a noite!

Feitas as considerações acima, vocês já devem estar imaginando que meu Parecer será inteiramente favorável ao Chiwake, né? Se brincar, já tem gente se arrumando para jantar lá ainda hoje. Calma!!!
Há dois fatores que não nos agradaram por lá: o primeiro é que não há couvert, nem entradinha pequena. As entradas são bastante grandes, pelo menos a que pedimos e algumas que vimos nas mesas próximas, e isso já tira parte da fome para o prato principal. Além disso, uma vez que você acabou a entrada, não tem nem uma torradinha sequer para esperar o prato. Eu sei que pode parecer meio pobre, mas eu sou mesmo chegada a um couvertzinho...
O segundo fator é o preço. Não que a comida não valha o quanto eles cobram. Vale, sim, até porque os pratos são enormes. Mas como eu disse, as entradas, por exemplo, são muito caras, proporcionalmente falando. Tipo assim, tem entrada que custa o mesmo que um prato principal! Achei isso meio desarrazoado, e na minha humilde opinião eles deveriam repensar isso... Os pratos em si não são muito caros, seguem a média aqui de Recife, mas como a entrada é muito cara, e um ou outro prato também dá aquela subida (como o que Marido escolheu), acaba que o programa lá sai um pouco caro, entenderam? O preço final deles fica num padrão São Paulo, e não Recife. Claro que aqui se tem público para isso, mas é muito restrito e, passada a euforia da novidade e continuando-se com esses preços, creio que muitos deixarão de frequentar...
Assim, vai levar nota 9, em razão dos preços praticados, que no final se mostram um pouco dissonantes da média da cidade. Quando baixar o preço, a nota será 10.
Mas vale muuuito a pena conhecer, e se você estiver com uma graninha a mais no bolso, não pense duas vezes: vá lá! Ou melhor, pense duas vezes, sim, e avalie a possibilidade de ir num dos próximos restaurantes de que vou falar aqui... :)




Restaurante Chiwake - Rua da Hora, logo após o antigo Bandepe (não achei o telefone na internet).

Marcadores: , , ,